A pandemia do coronavírus trouxe mudanças radicais para a sociedade, no último ano. A saúde mental foi abalada por fatores como o medo da doença e da morte, a instabilidade econômica e consequentemente a perda do emprego, entre outros fatores. Tudo isso gerou um aumento de doenças psiquiátricas, entre elas a depressão, ansiedade, crise do pânico e o estresse. Nas últimas semanas, muitas cidades voltaram a fechar no país, devido ao aumento do número de casos da doença. Com isso, vem a incerteza e que gera um forte impacto emocional.
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Segundo um estudo da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, nomeado “Depressão, saúde mental e pandemia”, mais de 40% dos brasileiros sentiram tristeza ou depressão na pandemia. Já mais de 52% afirma ter sentido nervosismo ou ansiedade durante esse período.
Para o médico psiquiatra Bruno Brandão, a volta do isolamento social e o medo de reduzir a capacidade financeira com o novo fechamento das atividades econômicas, fazem esses números aumentarem ainda mais. “Algumas pessoas conseguiram se organizar adotando as ferramentas online para continuarem trabalhando ou possuíam uma reserva financeira para conseguirem superar esse momento até a volta das atividades. Porém, a maioria já estava no limite e a volta do isolamento influencia diretamente no bem-estar psicológico”, afirma.
O médico explica que o isolamento por si só já possui um grande impacto na saúde mental. “O ser humano tem a necessidade de se relacionar com outras pessoas. Por isso, sair e ver outras pessoas são hábitos saudáveis para o bem-estar emocional e físico. Mas, ficar um longo período isolado já é difícil para qualquer um, principalmente ao estar acompanhado de incertezas, medo da doença e da morte, instabilidade econômica e outras preocupações do nosso cotidiano”, citou Bruno.
Como cuidar das emoções nesse momento?
O especialista conta que, apesar do medo ser uma resposta natural do organismo, certas medidas podem evitar o surgimento de problemas mais graves. Confira:
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O primeiro passo é combater a doença. Seguir as medidas de proteção como a higienização constante, uso de máscaras em locais públicos e evitar aglomerações;
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Outra dica é não hesitar em procurar ajuda profissional;
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Além disso, o contato, mesmo que online, com familiares e amigos é fator importante, pois os incentivam a seguir os cuidados;
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Mesmo em casa, faça exercícios físicos, assista filmes, leia livros, cozinhe e realize atividades que goste para ter um momento de lazer e prazer.
Fonte: Bruno Brandão, médico na área de psiquiatria. Formado em medicina pela Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh). Possui título de especialista em psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP. Especialização em dependência química pela unidade de álcool e drogas pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. É sócio fundador da associação brasileira de neuropsiquiatria. Atualmente atende em consultório próprio em BH e Três Marias – MG (@brunopsiquiatra).
Fonte da imagem: Counselling / Pixabay License